sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

BALEIA JUBARTE



Biologia & Anatomia


Conhecida também como baleia corcunda, a baleia-jubarte é chamada pelos cientistas de Megaptera novaeangliae. Quando uma jubarte salta, rompendo a tranqüilidade das águas, é um espetáculo impressionante. Elevando seu corpo quase completamente fora d’água, por alguns segundos ela parece querer vencer a gravidade e alçar vôo. Neste momento suas longas nadadeiras peitorais, que chegam a medir até 1/3 de seu comprimento, poderiam ser comparáveis às asas de um pássaro. Esta é a origem do nome Megaptera que em grego antigo significa “grandes asas”. Quem observa uma jubarte saltando fica fascinado com a beleza do espetáculo, mas com certeza ficaria ainda mais impressionado ao descobrir que aquele corpo que se projeta no ar pode pesar de 35 a 40 toneladas e medir cerca de 16 metros de comprimento.
Embora seja única em seu gênero, a jubarte pertence à mesma família de outras baleias que possuem pregas ventrais. Uma baleia com pregas ventrais é chamada de rorqual. Todos os rorquais pertencem à família dos balenopterídeos.
Muito da dificuldade de se estudar as baleias vem do fato de que estes animais passam a maior parte do tempo com seu corpo submerso, longe de nossos olhares. Se estivermos mergulhando e tivermos a sorte de uma jubarte se aproximar poderemos observá-la por inteiro. Ao observarmos uma jubarte com atenção percebemos que sua cabeça é ligeiramente achatada e possui no seu topo uma série de calombos ou nódulos, com minúsculos pêlos aderidos a eles. Ainda não se conhece qual a função destes pêlos mas supõe-se que tenham uma função sensorial. Também chama a atenção a boca, bastante longa e arqueada.
Iniciando-se no queixo e se estendendo pelo abdômen até a região do umbigo é encontrada uma série de pregas de coloração branca, denominadas pregas ventrais. Seu número pode variar de 14 a 35 e funcionam como o fole de um acordeon expandindo quando o animal se alimenta (à semelhança do papo do pelicano) e contraindo quando ele expulsa a água para fora da boca. Para filtrar o alimento da água do mar esta baleia utiliza uma série de placas que descem do céu da boca e formam como que uma cortina por onde a água consegue passar e o alimento fica retido. Estas placas são chamadas de barbatanas e são formadas de queratina, a mesma substância que forma nossa unhas. Próximo ao canto da boca estão localizados os olhos, que possuem boa capacidade visual tanto dentro como fora d’água.
As baleias não possuem orelhas, pois isto atrapalharia seu formato hidrodinâmico, mas elas possuem ouvidos. A abertura do ouvido externo é um minúsculo orifício, muito difícil de ser observado e que fica cerca de 30 cm atrás dos olhos.
Observando a baleia de cima é possível perceber, no topo de sua cabeça um pouco adiante dos olhos, seu orifício respiratório. Ele é o equivalente de nossas narinas, e permanecem fechados durante todo o tempo em que o animal está submerso. Quando ele se aproxima da superfície este duplo orifício se abre e o ar é expelido com força pelos pulmões.
O tórax é protegido por 14 pares de costelas e abriga o coração e os pulmões. Olhando para a região torácica observamos duas longas nadadeiras peitorais, que numa jubarte adulta podem medir mais de cinco metros de comprimento. A borda anterior da nadadeira peitoral é bastante ondulada, sua face ventral é branca enquanto a face dorsal em geral possui uma mistura de padrões de preto e branco. As nadadeiras peitorais em geral servem para ajudar a direcionar o movimento das baleias e golfinhos quando estes nadam, auxiliando na manutenção do equilíbrio. Estas nadadeiras não são eficientes, entretanto, para proporcionar impulsão ao animal.
Continuando em direção à cauda, se olharmos no dorso da jubarte veremos uma pequena nadadeira dorsal, localizada sobre uma ligeira corcova. Quando a jubarte mergulha costuma arquear a região da nadadeira dorsal, deixando esta corcova mais saliente. Desta característica deriva seu nome em inglês, humpback whale, ou baleia corcunda. Esta nadadeira dorsal possui um formato ligeiramente diferente para cada indivíduo. Em algumas jubartes ela é mais arredondada e em outras ela pode apresentar um formato semelhante a uma foice (falcada).
Logo após a nadadeira dorsal inicia-se a região conhecida como pedúnculo caudal, uma grande e poderosa região muscular que, juntamente com a nadadeira caudal, é responsável por permitir a natação e a realização dos espetaculares saltos da jubarte. É a batida da nadadeira caudal que permite às baleias se deslocarem. Numa jubarte adulta a nadadeira caudal pode medir mais de 5 metros de largura. Sua borda é serrilhada e na face ventral a coloração pode ir desde quase completamente branca até totalmente escura, apresentando cada animal um padrão de manchas e riscos diferentes. É justamente o fato de cada uma possuir um desenho único na nadadeira caudal que permite que cada baleia jubarte possa ser identificada como um indivíduo através das fotografias desta região. Podemos dizer então que a nadadeira caudal da jubarte constitui o equivalente das impressões digitais dos humanos.
Uma dúvida freqüente é como saber se uma baleia que está sendo observada é um macho ou uma fêmea... Vista da superfície, esta diferenciação é quase impossível para a baleia jubarte. Se tivermos a chance de olhar a região ventral da jubarte embaixo d’água poderemos observar que próximo ao pedúnculo caudal existe uma fenda conhecida como fenda genital e que abriga os órgãos reprodutivos dos cetáceos. Esta foi mais uma adaptação para reduzir o atrito e permitir que a baleia deslize melhor na água. Durante o acasalamento, o macho expõe seu pênis para fora da fenda genital e procura introduzi-lo na fenda da fêmea. Existem pequenas diferenças entre machos e fêmeas: enquanto nas fêmeas a fenda genital fica deslocada em direção à nadadeira caudal, bem próxima à abertura do ânus, nos machos a fenda está deslocada em direção ao abdômen, próxima à cicatriz do umbigo, onde terminam as pregas ventrais. A única outra diferença anatômica externamente visível entre machos e fêmeas é a presença de um lobo hemisférico na região urogenital das fêmeas localizada logo após a porção posterior da fenda genital. Paralelas à fenda genital existem duas pequenas fendas onde estão localizadas as glândulas mamárias.
A pele da jubarte é relativamente fina, para um animal de seu tamanho, possuindo menos de 1 cm de espessura. Na região dorsal a pele é de coloração preta, enquanto na região abdominal é variável, sendo preta em algumas regiões e branca em outras. Aderidas na superfície da epiderme podemos encontrar as cracas, organismos marinhos que produzem carapaças para se proteger e que crescem sobre as baleias assim como no casco de navios. As cracas não são parasitas, elas apenas “pegam carona” nas baleias, mas suas carapaças às vezes são afiadas e podem ter um papel importante nas disputas dos machos pelas fêmeas.
Embora a pele seja bastante fina, as baleias possuem logo abaixo uma espessa camada de gordura que serve como um isolante para protegê-las do frio das águas e como uma reserva de energia. A espessura da camada de gordura varia nas diferentes espécies de baleias e também em função da época do ano. Numa baleia jubarte esta camada pode medir mais de 15 cm de espessura.


DE ONDE VEM A DESVALORIZAÇÃO DOS BIÓLOGOS?


Por Regina Alonso -Formada em Administração de Empresas pela EAESP-Fundação Getúlio Vargas e em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo. Atualmente mestranda do Programa Pós-Graduação em Ecologia, Departamento de Zoologia, IB, UNICAMP.




Somos biólogos, mas será que sabemos realmente qual o valor da nossa profissão? Se sabemos porque então não nos valorizamos como tantas outras categorias que lutam por seus direitos? Vejam a força que tem, por exemplo;o sindicato dos metalúrgicos, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ou o Conselho Regional de Medicina (CRM).Já o nosso Conselho Regional de Biologia (CRBio) o que faz por nós, além da cobrança anual? Por que a nossa categoria não tem força sequer para impedir que outros profissionais exerçam cargos d e Biólogos? Imagino que todos se lembrem do absurdo concurso do IBAMA realizado em 2002, em que se permitiu a inscrição de pessoas com qualquer curso superior. Acho que tenho algum conhecimento de causa da discorrer sobre o assunto, pois não sou uma Bióloga stricto sensu, minha primeira formação é outra, na área de humanas. Antes da Biologia fiz administração de empresas e sinto-me em condições de comparar os dois cursos em termos de esforço pessoal exigido, cultura profissional e retorno no mercado de trabalho, então vamos lá, um pouco de vivência pessoal. Em termos de esforço, acreditem, um Biólogo tem que estudar muito mais que um administrador para receber o diploma, não que administração seja um curso fácil, ao contrário, requer todo o esforço exigido por um curso superior. No entanto, o currículo de Biologia é muito mais denso, a carga de teoria que temos não se compara ao que é ensinado na administração. A um Biólog o não bastam os conhecimentos passados pelo professor em sala de aula, é necessário ir mais a fundo, pesquisar em livros, atualizar-se a respeito do que está sendo estudado, pelo próprio caráter dinâmico da ciência.

Mas então se a Biologia prepara tão bem seus profissionais, porque o retorno financeiro é tão baixo? Na minha opinião em parte por nossa própria culpa, pela nossa cultura profissional. Não temos força como categoria, somos desunidos e acreditamos que qualquer coisa que se pague pelo nosso trabalho é suficiente, quando não trabalhamos de graça. Somos ainda idealistas ingênuos num mundo capitalista. Diversas vezes vi Biólogos extremamente capacitados, com títulos de mestrado e doutorado dando cursos em Universidades em troca de estadia e passagem, humildemente eles dizem: "Eu não recebo nada, mas pelo menos posso conhecer uma cidade nova..." Isso é uma vergonha!!! Perguntem a um administrador se vai fazer alguma palestra de graça em algum lugar...um caso em um milhão! Mas por que então não valorizamos nosso trabalho? Na realidade não sabemos como fazer isso, não faz parte da nossa formação, nem tampouco da nossa cultura profissional. Fomos educados para servir a um ideal, para seguir os passos dos Biólogos pioneiros como se ainda vivêssemos na época dos naturalistas, sacrificando a vida pela ciência, vivendo como franciscanos à margem do mercado. Nossa ambição é egoísta e restringe-se a sermos conhecidos no nosso "mundinho científico" à esperança de um dia sermos recompensados pelo resto do planeta.

A ambição pelo conhecimento é até louvável, mas vivemos sob as leis do mercado e precisamos de bem mais que isso para uma qualidade de vida decente. Um administrador, ao contrário, recebe sua formação voltada para o mercado, aprende logo nos primeiros semestres a fazer "marketing pessoal", a elaborar seu currículo, a salientar seus pontos fortes e disfarçar os fracos, a barganhar salário, a ser arrogante... enquanto nós continuamos insistindo na humildade das velhas sandálias havaianas. O mercado acaba a julgar pelas aparências pagando R$ 1.500,00 reais para o trainee recém formado em administração de empresas e R$ 400,00 para um Biólogo em ecoturismo. E assim a situação vai se perpetuando. ..não importando mais o valor real do seu trabalho, mas o quanto ele parece valer.Enquanto nós Biólogos continuarmos aceitando estas condições do mercado não haverá nenhuma razão para a mudança, pensem nisso!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Brasil tem mais de 600 sp. de animais ameaçadas


Brasil tem mais de 600 espécies de animais ameaçadas de extinção



O Ministério do Meio Ambiente lançou em 4 de novembro um livro com mais de 600 espécies de animais ameaçados de extinção. A publicação, chamada de Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, foi elaborada em parceria com a Fundação Biodiversitas.De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc (foto), a primeira lista de animais em extinção, feita em 1989, continha 218 espécies ameaçadas, enquanto no livro lançado hoje estão contabilizadas 627 espécies. A lista anterior, no entanto, não incluía os peixes, que fazem parte da relação atual."Temos que correr atrás do prejuízo criando novas unidades de conservação, defendendo o habitat dessas espécies, defendendo sua cadeia alimentar, fazendo mais pesquisa, em suma, combatendo a degradação desenfreada", afirmou o ministro.Entre os biomas que têm o maior número de espécies ameaçadas estão em primeiro lugar a Mata Atlântica, seguida do errado e da zona costeira e marítima. Para reverter esse quadro o ministro afirmou que é necessário criar corredores de proteção, combatendo o tráfico e fazendo campanhas nas escolas.Minc quer que cada unidade de conservação ambiental tenha um exemplar do livro vermelho e disse que vai conversar com o ministro da educação, Fernando Haddad, para que a publicação também seja distribuída nas escolas da rede pública.

Roberta Lopes Repórter da Agência Brasil

Menos Lixo, melhor





Roberta B. Sanalios - Mestra em Microbiologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo - Professora e Consultora Técnica para Editora DCL


O Brasil produz cerca de 200 mil toneladas de lixo por dia, sendo que 76% vão para os lixões, 23% ocupam os aterros sanitários e apenas 1% passa por tratamento.A cidade de São Paulo gasta R$ 1 bilhão por ano para processar aproximadamente 15 mil toneladas de lixo produzidas diariamente e embora seja uma das poucas cidades brasileiras a não possuir lixões, a reciclagem ainda é insuficiente e os aterros estão próximos do esgotamento.A destinação do lixo na região metropolitana está chegando a seu limite e as soluções envolvem um trabalho conjunto entre Estado e Município. Este assunto vem sendo tratado desde 1970, época em que se acreditava que somente a incineração do lixo com recuperação de energia seria suficiente. Grande erro, já que a captação de todas as emissões tóxicas é impossível, o custo é alto e o montante de cinzas é enorme.Partiu-se, então, para os aterros sanitários e atualmente a cidade de São Paulo trabalha com dois principais aterros: o São João, localizado em São Mateus, e o Bandeirantes, localizado em Perus. Os resíduos sólidos urbanos, ao serem dispostos nos aterros, passam por um processo de digestão anaeróbia feita por microrganismos que transformam a matéria orgânica em biogás. Pelas características do lixo brasileiro, o biogás gerado na maioria dos aterros sanitários apresenta elevada concentração de metano, acima de 55%, e de dióxido de carbono, acima de 30%, gases que atuam no efeito estufa.Em 1997, com a aprovação do texto final do Protocolo de Kyoto, foram criados os créditos de carbono, que são certificados que autorizam o direito de poluir. Agências de proteção ambiental reguladoras emitem esses certificados, autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes. Inicialmente, selecionam-se indústrias que mais poluem no País e a partir daí são estabelecidas metas para a redução de suas emissões. As empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em dólar, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progressiva estabelecidas por lei, é obrigado a comprar certificados das empresas mais bem sucedidas. O sistema tem a vantagem de permitir que cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais.A partir disso, implantou-se uma unidade de geração de energia limpa no Aterro Sanitário Bandeirantes, onde grande parte dos gases gerados é encaminhada para a usina de biogás, em funcionamento desde dezembro de 2003. A técnica consiste em converter o metano, mais poluente, em gás carbônico, também poluente, mas menos que o metano. Essa conversão já valeu à prefeitura de São Paulo o equivalente a mais de 800 mil toneladas de créditos de carbono, que foram leiloados em setembro de 2007 no primeiro leilão de carbono do Brasil e da América Latina. O banco belgo-holandês Fortis comprou por 16,20 Euros (cada crédito) os 808.450 créditos ofertados pela Prefeitura de São Paulo. Esses créditos de carbono podem ser usados pelo banco tanto para cumprir eventuais metas de redução de emissão de gases de efeito estufa como para vender no mercado internacional, principalmente o europeu, onde seu preço já ultrapassa os 20 euros.No aterro São João, o processo de implantação da Usina de Biogás começou em junho de 2007, com o início da operação de descontaminação do metano. Tanto a Unidade de Geração de Energia de Bandeirantes quanto a de São João estão entre os cinco maiores projetos do mundo de controle de gases que causam o efeito estufa a partir do reaproveitamento do lixo.Considerando-se o lucro obtido pela venda dos créditos de carbono, é natural que se pense que o problema do lixo está resolvido, bastando, apenas, construir mais aterros. É justamente aí que mora o perigo, pois os aterros ocupam imensas áreas e quando chegam ao seu limite devem encerrar suas atividades. Um novo aterro está sendo cogitado (ao lado da Cantareira), já que o Bandeirantes está esgotado e com licença de funcionamento expirada desde março de 2007. Vê-se que a quantidade de lixo que produzimos ainda é altíssima (quantos aterros seriam suficientes?). Apenas cerca de 1% do lixo é reciclado, sendo que a cidade teria potencial para reaproveitar cerca de 35%.A nossa tarefa não é aperfeiçoar a destruição do lixo, mas encontrar formas de evitar produzir esse lixo. Reconhecer que o consumismo absurdo a qual nossa sociedade está enquadrada é a causa do aquecimento global e o desperdício é a causa da falta de espaço para deposição de lixo, é reconhecer que aquele lixo produzido é a conexão mais concreta que cada um de nós tem com a destruição do planeta. Menos lixo, melhor!!!!

Fonte: Site da Unib

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

TEORIA DE GAIA

Segundo a "Teoria de Gaia", a Terra não é um planeta morto, feito de rochas, oceanos e atmosfera inanimadas, meramente habitado pela vida. Para o cientista James Lovelock convidado pela NASA para analisar a existência de vida em Marte, a Terra é um ser planetário vivo. A superfície da Terra, que sempre consideramos o meio ambiente da vida, é na verdade, parte da própria vida. Nesse sentido a vida de cada um de nós, assim como a de toda Gaia e cada uma de suas espécies, são interdependentes. Ao poluirmos nosso planeta, estamos poluindo a nós mesmos, ao cuidarmos de nós mesmos, estamos cuidando de nosso planeta. Enfim, a filosofia de Gaia, nome dado a Deusa Terra pelos antigos gregos, procura um saudável e dinâmico equilíbrio entre a Terra e seus habitantes, levando em consideração a individualidade de cada um, com o claro objetivo de alcançar o equilíbrio entre o homem e a natureza, harmonizando o corpo, a mente e o espírito. Assim, sendo a Terra um ser orgânico, onde tudo depende de tudo e esse tudo está em constante ligação e troca, quando se destrói uma forma de vida, se empobrece esse Universo e a partir daí, acirramos o caos existente no mundo, como a pobreza, a desigualdade social, a ausência de recursos naturais, a fome, o falecimento da biodiversidade e das diversidades culturais, a violência, a não concretização dos Direitos Humanos Fundamentais, dentre inúmeros outros problemas viventes no cotidiano. A partir desse contexto, é fundamental infiltrar o pensamento ecológico tanto na sociedade, como na consciência de cada indivíduo, atingindo assim uma outra percepção de mundo, pois a ecologia reconhece o valor intrínseco de todos os seres vivos e concebe os seres humanos não como os senhores do Universo, mas apenas como um fio muito particular na Grande Teia da Vida. Estamos todos interligados e somos interdependentes. Pequenos gestos fazem a diferença, é como se fosse uma gota no meio do oceano, mas lembrem-se que uma gota de orvalho pode refletir o céu inteiro! Então, nesse verão, ajudem a cuidar bem de nossas praias, rios, montanhas e até das próprias cidades, recolham todo lixo que puderem, respeitem não só o próximo mas todos os seres vivos, animais, vegetais e minerais, assim, as próximas gerações e toda a Gaia ficaram agradecidas.

Fonte: http://maineland.blogspot.com/

Deveria ser assim....

O Brasil é um país continental. Só nossa costa é maior do que muitos países do mundo. Se tivéssemos um MMA ativo, preocupado com defesa, manutenção e pesquisa de cada meio ambiente existente no país (meio marítimo, restinga, mangue, floresta tropica, mata atlântica, cerrado, pantanal, caatinga e assim por diante), teríamos emprego de sobra e ainda faltaria funcionários. Se fôssemos olhar ainda a atuação necessária nas grandes cidades, com a defesa do ar, da água, do solo, etc, com relação à poluição, nem mesmo nas metrópolis teríamos biólogos suficientes para cobrir essa necessidade.
Mas não é isso que notamos. O último concurso para biólogo em SP tinha 20 vagas disponíveis. No penúltimo, que aconteceu em 2002 (em pleno "boom" da dengue), apenas 30 vagas foram abertas. Isso mostra que nos últimos 6 anos, 50 biólogos foram contratados numa megalópoli como São Paulo. Imagino então a situação em cidades menores; deve ser catastrófica.
Por outro lado, o Ibama abriu em 2002, 600 vagas para técnico ambiental (para o país todo). Seria muito bom, se não fosse para qualquer um que tinha diploma universitário. Isso é ridículo. O conselho precisa ser atuante, mas o governo também precisa ajudar.
O pior de tudo é que, dificultam ao máximo para os biólogos brasileiros, mas todo mundo sabe que os gringos fazem a festa com pesquisas efetuadas em solo nacional.
Devemos nos unir. Não sei como, mas alguma coisa deve ser feita. Já ouvi falar num sindicato dos biólogos. Se existe, talvez seja um bom começo.
Eu acho que deveria ser assim: toda área de parque deveria ter pelo menos um biólogo responsável. Exemplo - no Parque do Ibirapuera: 2 biólogos - Paque do Carmo - 1 ou 2 biólogos, e assim por diante. No combate às pragas urbanas - CCZ - biólogos atuando em grande escala.Na secretaria do Meio ambiente das prefeituras e do governo estadual - biólogos (mesmo na área administrativa). Empresas de paisagismo deveriam ter biólogos, empresas que atuam com gestão ambiental (Iso 14001) deveriam ter biólogos, empresas de controle de pragas deveriam ter biólogos, empresas que atuam com vendas de animais exóticos deveriam ter biólogos.
O mundo inteiro de preocupa com o meio ambiente. E o Brasil? Por enquanto essa preocupação é só da boca pra fora. Existe algum trabalho sobre isso? Claro que existe. Mas não é 1% do que deveria ser feito. E se apenas 10% fosse feito, não existiria biólogo sem emprego no país.

Por Sandro Mattos

03 DE SETEMBRO - DIA DO BIÓLOGO

A Regulamentação da Profissão de Biólogo

Em 03 de setembro de 1979, foi sancionada a Lei n.º 6.684, pelo então Presidente da Republica João Baptista Figueiredo, a qual regulamentou a Profissão de Biólogo e criou o Conselho Federal de Biologia - CFBio - e os Conselhos Regionais de Biologia – CRBios, definindo-os, em conjunto, como autarquia federal com personalidade jurídica de direito público, à semelhança dos demais conselhos profissionais já existentes. As Associações de Biólogos em atividade na época da regulamentação da profissão, convencionaram estabelecer a data da sanção dessa Lei como Dia Nacional do Biólogo - 03 de setembro.
Essa data tem significado especial, de uma conquista resultante de intensos esforços envidados pelas Associações de Biólogos do País, durante uma década aproximadamente, com trabalhos iniciados pelo primeiro Presidente da Associação Paulista de Biólogos – APAB, Dr.Paulo Nogueira Neto e seus companheiros, junto às autoridades do Executivo e Legislativo Federal. A Lei 6684/79 tornou legal o exercício profissional do Biólogo, passando a compor o cenário nacional das profissões regulamentadas. Dessa forma, o Biólogo deixou a clandestinidade, de cerca de quatro décadas. A existência do CFBio e dos CRBios tem permitido ampliar a visibilidade do Biólogo, junto à sociedade, como profissional das Ciências Biológicas nos mais variados campos, notadamente, em meio ambiente, saúde, agricultura, educação, entre outros.

FONTE: SITE CRBIO1

O QUE É BIOLOGIA?

Biologia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A biologia é o ramo da Ciência que estuda os seres vivos (do grego βιος - bios = vida e λογος - logos = estudo, ou seja o estudo da vida). Debruça-se sobre as características e o comportamento dos organismos, a origem de espécies e indivíduos, e a forma como estes interagem uns com os outros e com o seu ambiente. A biologia abrange um espectro amplo de áreas acadêmicas frequentemente consideradas disciplinas independentes, mas que, no seu conjunto, estudam a vida nas mais variadas escalas.
A vida é estudada à escala
atômica e molecular pela biologia molecular, pela bioquímica e pela genética molecular, ao nível da célula pela biologia celular e à escala multicelular pela fisiologia, pela anatomia e pela histologia. A biologia do desenvolvimento estuda a vida ao nível do desenvolvimento ou ontogenia do organismo individual.
Subindo na escala para grupos de mais que um organismo, a
genética estuda como funciona a hereditariedade entre progenitores e a sua descendência. A etologia estuda o comportamento dos indivíduos. A genética populacional trabalha ao nível da população, enquanto que a sistemática trabalha com linhagens de muitas espécies. As ligações de indivíduos, populações e espécies entre si e com os seus habitats são estudadas pela ecologia e pela biologia evolutiva. Uma nova área, altamente especulativa, a astrobiologia (ou xenobiologia) estuda a possibilidade de vida para lá do nosso planeta. A biologia clínica constitui a área especializada da biologia profissional, para Diagnose em saúde e qualidade de vida, dos processos orgânicos eticamente consagrados.