sexta-feira, 31 de maio de 2013

COMO AS FRUTAS PODEM AUXILIAR NA SUA SAÚDE


Conheça a melhor fruta para emagrecer, reduzir o colesterol e a pressão alta

Veja as melhores aliadas para tratar o diabetes, prevenir a azia, entre outros problemas

















O consumo de frutas é muito importante para uma alimentação equilibrada. Quanto maior a variedade delas, melhor para a nossa saúde, já que suas diferentes cores garantem uma quantidade maior e mais variada de fitoquímicos, elementos que fazem bem para a nossa saúde. "As frutas possuem cores diferentes, pois tem vitaminas e minerais em diferentes quantidades", explica o nutricionista Israel Adolfo. Porém, essas propriedades variadas garantem efeitos específicos em alguns casos, o que faz com que algumas frutas sejam muito importantes para o dia a dia. O ideal é consumir de três a cinco porções diárias para obter a quantidade de vitaminas, nutrientes e fibras que o organismo necessita para funcionar. Mas já que a ideia é otimizar os benefícios dessa turma para a sua saúde e para a dieta, está na hora de fazer as escolhas certas.

Veja que frutas você não pode deixar de incluir no cardápio, de acordo com a necessidade:


Maçã para dar saciedade e reduzir o inchaço

A chave para o emagrecimento está em reduzir as calorias ingeridas e aumentar as gastas. Para ter sucesso na primeira empreitada, aumentar a saciedade é essencial, e as frutas em sua maioria oferecem essa característica. "Todas são muitos importantes no processo de diminuição da gordura corporal, pois são ricas em fibras e proporcional uma grande oportunidade de mastigar. Para isso, índico frutas mais duras, como a maçã", classifica o nutricionista Israel Adolfo.

Para completar o combo, a mação oferece outras vantagens, como a presença de pectina. "Esse é um tipo de fibra solúvel que se transforma em gel no estômago e arrasta a gordura para fora do organismo", ensina a nutricionista e clínica Daniela Jobst, membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional no Brasil. Suas fibras insolúveis da casca ficam no estômago por mais tempo, retardando mais ainda a fome. E fechando o currículo da fruta, ela ainda tem uma boa quantidade de potássio, nutriente que elimina o sódio extra do corpo, reduzindo a retenção de líquidos e, com ele, parte do inchaço.

 
Abacate para reduzir o colesterol

Essa fruta é rica em gordura monoinsaturada, aquela considerada amiga do nosso organismo. "O ácido oleico, a mesma gordura do azeite de oliva, protege os vasos sanguíneos e o coração contra infartos, tromboses, entupimento das veias, doenças cardíacas e bloqueia a ação do LDL, chamado de colesterol ruim", explica a nutricionista Daniela. Por isso, o consumo regular do abacate reduz os níveis de colesterol total e eleva os de HDL, o chamado colesterol bom. Mas vale um alerta, já que a fruta tem muitas calorias. "Para apresentar apenas os benefícios, deve ser consumida na quantidade de uma colher de sopa ao dia", ressalta Israel Adolfo. E nada de consumi-lo com açúcar, prefira o cacau em pó se há necessidade de incrementar o gosto, como sugere a nutricionista clínica Nicole Trevisan. 

 
Banana para diminuir a queimação

A banana, principalmente quando está verde, tem substâncias que protegem as paredes estomacais, favorecendo quem sofre com gastrite e azia. "Um estudo preliminar cita que a fruta possui um flavonoide conhecido como leucocianidina, que previne contra o desenvolvimento de úlceras estomacais", explica o nutricionista Israel Adolfo. Além disso, antes de amadurecer ela tem mais amido, que é digerido primeiramente na boca, o que faz com que o estômago produza menos ácido para efetuar a digestão e irrite menos as paredes estomacais, como ressalta Daniela Jobst. Com o processo de maturação, esse amido vai se convertendo em frutose. Mas é preciso cuidado com um tipo em específico. "A banana nanica é ácida, não sendo indicada para quem tem gastrite", alerta a nutricionista Nicole Trevisan.

 
Limão para quem tem diabetes

A maior parte dos benefícios da fruta é voltada para a saúde do coração, que não deixa de ser prejudicada quando a pessoa tem diabetes, já que a alta da glicose no sangue desgasta e prejudica as artérias e veias. "A alta concentração de ácido nicotínico no limão protege as artérias, prevenindo problemas cardiovasculares, uma tendência para quem tem a doença. O alimento também diminui a viscosidade do sangue, o que é essencial, uma vez que, junto com o diabetes, existem alterações que predispõe a um maior risco de trombose", ensina a nutricionista Daniela Jobst.

Ele também evita hemorragias, devido à presença de ácido cítrico e ácido ascórbico, o que é vantajoso ao paciente com diabetes devido a sua dificuldade de cicatrização. Por fim, a parte branca do limão e a casca também contém pectina, "quando ela é dissolvida em água, produz uma massa viscosa que auxilia no trânsito intestinal e na saciedade, retardando a absorção dos açúcares", desvenda Nicole Trevisan. Isso evita picos glicêmicos, inimigos de quem tem diabetes

 
Uva para proteger o envelhecimento celular

Frutas de cores avermelhadas são ricas em antioxidantes. "Eles são compostos necessários para neutralizar os radicais livres, evitando assim que reajam com alguma célula e as destruam. Eles são naturalmente formados em nosso organismo nas reações metabólicas habituais e em situações como estresse, consumo de álcool, tabagismo, entre outros", define Israel Adolfo. Normalmente, os radicais livres são causadores de lesões nas células e tecidos, o que pode provocar diversas doenças à longo prazo. A uva é uma fruta rica em antioxidantes, principalmente na casca e na semente. "As pró-antocianidinas, presente nas cascas e sementes da fruta, são considerados super antioxidante, 20 vezes mais potente que a vitamina C e 50 vezes mais que a vitamina E", explica a nutricionista Daniela Jobst. 

 
Acerola para aumentar a imunidade

A laranja que nos perdoe, mas não há fruta com mais vitamina C do que a acerola. De acordo com a Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos (TACO) da Unicamp, uma laranja tem cerca de 57 mg de vitamina C, contra 104 mg, aproximadamente, de uma única acerola. E o nutriente é muito importante para o sistema imunológico, pois participa da produção das células de defesa do organismo além de modular o funcionamento da nossa proteção natural. "Encontramos vários artigos que ressaltam a importância desta vitamina no aumento e manutenção da atividade de células do sistema imunológico, como, por exemplo, os mastócitos e macrófagos", considera o nutricionista Israel Adolfo. 

 
Morango para blindar o coração

Um estudo conduzido pela Harvard School of Public Health em Boston (Estados Unidos) em 2013 demonstrou que mulheres que consumiam morangos e mirtilos tinham menos chances de infartos do miocárdio. A grande responsável pelo benefício é uma substância chamada antocianina, presente em frutas de coloração vermelha e azul. "Ele também ajuda a reduzir a pressão graças à procianidina", acrescenta Daniela Jobst, nutricionista funcional a clínica. 

Fonte: Minha Vida - Alimentação

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Peixes mais encontrados em feiras de São Paulo estão ameaçados



















A Fundação SOS Mata Atlântica, por meio do Programa Costa Atlântica, realizou um levantamento em feiras-livre, grandes supermercados e peixarias da cidade de São Paulo entre os meses de abril e maio. O objetivo era verificar quais espécies de pescado, entre peixes, moluscos e crustáceos, poderiam ser encontrados e se o período de defeso determinado por lei era respeitado.
Durante o período, foram visitadas 34 barracas de peixes em 32 feiras-livres, 22 supermercados e 10 peixarias nas quatro regiões da cidade (zona norte, leste, sul e oeste).
Nas feiras-livres, em um total de 52 espécies diferentes, a sardinha esteve presente em 100% das barracas, o cação em 97% e o salmão, importado das águas frias chilenas, esteve presente na maioria das feiras (87,5% das barracas). Já nos mercados e peixarias, das 68 espécies, o salmão esteve presente em 97% dos estabelecimentos.
A Instrução normativa número 5 de 21 de maio de 2004 do Ministério do Meio Ambiente lista as espécies brasileiras de invertebrados e peixes ameaçadas de extinção. Infelizmente, poucos sabem que a sardinha (Sardinella brasiliensis) encontra-se nesta lista e que devido sua alta procura pelo mercado consumidor a pesca desse animal continua intensa, levando os estoques de sardinha à iminência de colapso. Menos ainda sabem que o cação na realidade é um tubarão, e nenhum peixeiro entrevistado soube especificar qual tubarão estava em sua banca sendo vendido genericamente como cação.
Das 88 espécies de tubarões brasileiros, são 12 os que estão na lista de espécies ameaçadas de extinção. Como se não bastasse, o salmão chileno, tão apreciado na culinária japonesa nos últimos anos, vem de fazendas de cultivo do Chile e é exportado diretamente aos mercados brasileiros. O peixe que antes nadava, agora voa para chegar a este lado do Atlântico para suprir o mercado consumidor brasileiro. Com ele recebemos um produto com alta pegada ecológica, devido seu transporte ser carregado de emissões de gás carbônico, e pouco ômega 3, pois somente o salmão selvagem, livre, e não de cultivo em fazendas, possui essa gordura tão procurada.
Peixes de água doce e os camarões-cinza foram citados como provenientes de fazendas de carcinicultura. Uma prática que necessita de grandes extensões de terra próximo a uma fonte de água salobra. Assim, grandes áreas de manguezais são destruídas para a construção de tanques para a criação de camarões. Uma constatação grave foi encontrar a tainha (Mugil sp) fresca sendo comercializada em 35 estabelecimentos em seu período de defeso, com origem citada como sendo de Santa Catarina e de Cabo Frio (15 de março a 15 de agosto determinado pela Instrução Normativa (IN) Ibama 171/08 para tainhas provenientes das regiões Sudeste e Sul do Brasil). Já o camarão-rosa, em seu período de defeso até dia 31 de maio (determinado pela IN Ibama 189/08), foi encontrado congelado. Sinal de que o animal possivelmente foi coletado fora de seu período de defeso.
Outra dificuldade em acompanhar o cumprimento dos períodos de defeso e, principalmente, do tamanho mínimo, é a filetagem de peixes. Sardinhas, pescadas e linguados foram encontrados em oferta ao consumidor final em forma de filés, limpo e embalado, dificultando a identificação do peixe e possibilitando que outras espécies sejam comercializadas de maneira equivocada.
Considerando todos os estabelecimentos pesquisados, a grande maioria de peixes encontrada no levantamento foi de água salgada (80,6%), com o salmão e sardinha presentes em 92,2% dos estabelecimentos. O animal menos observado (encontrado em apenas um estabelecimento) foi o caranguejo-uçá, muito provavelmente devido sua baixa procura no mercado da cidade de São Paulo.
Grande parte do pescado comercializado em São Paulo é comprado no Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e então redistribuído em peixarias de feiras-livre e mercados. Quando perguntados, os comerciantes diziam que o grande volume do pescado é proveniente de Santa Catarina (86%), porém alguns peixeiros mencionaram que mesmo que a espécie seja pescada no litoral de São Paulo, eles são descarregados no porto de Itajaí em vez do de Santos, devido ao fácil acesso e menor preço encontrado no porto de Itajaí quando comparados ao de Santos. Assim, a proveniência do pescado é difícil de ser determinada. Apenas o salmão teve sua origem citada em 100% dos entrevistados como sendo do Chile.
A lei da oferta e procura atinge também o comércio de pescado. Informar aos consumidores sobre a existência dos períodos de defeso e tamanho mínimo de captura, além de auxiliar na conservação das espécies, evitará o comércio indevido e ilegal de espécies durante o ano. Além disso, o maior interesse dos consumidores sobre a origem real do pescado auxiliará na gestão dos recursos pesqueiros, demonstrando interesse do consumidor na rastreabilidade para garantir a origem do pescado e controle dos estoques pesqueiros. Obter informação sobre a origem do alimento, conhecer possíveis impactos ambientais que uma escolha poderá acarretar e conhecer a existência de restrições para o consumo de uma determinada espécie são dados importantes para que o cidadão possa cumprir seu dever cívico para auxiliar na manutenção de um meio ambiente equilibrado e saudável.
Divulga-se os benefícios de se ingerir peixes como atum, salmão (selvagem), cação, albacora e bacalhau, ricos em ômega 3, para a redução dos níveis de triglicerídeos e do colesterol ruim LDL. Porém, pouco ou nada se fala sobre a quantidade de metais pesados, como mercúrio, cadmio e chumbo, que todos os organismos marinhos possuem em diferentes concentrações em sua carne, como reflexo dos impactos causados pela ação do homem no meio marinho. Quanto maior a posição do animal marinho na cadeia alimentar, maior é a concentração de metais pesados em seu corpo, pois essas substâncias são bioacumulativas. Assim, predadores de topo da cadeia, como o atum, salmão e bacalhau, são os que mais possuem metais pesados em sua carne. E homens omnívoros são os consumidores finais e acumuladores de metais pesados também em seus organismos.
Os serviços ecossistêmicos oferecidos pelo mar são de difícil enumeração, e houve um tempo em que se acreditava que o mar era uma fonte inesgotável de recursos, como peixes e minerais. No relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 2011, a pesca global atingiu 82,4 milhões de toneladas, um aumento de 6,1% em relação aos dados de 2010. Dentre os 25 maiores países pescadores, o Brasil se posicionou em 23º lugar, com 803.267 toneladas de pescado. Um aumento de 2,3% em relação ao ano de 2010 (785.369 toneladas).
Em um esforço do Governo Federal para realizar estudos na Zona Econômica Exclusiva Brasileira (Programa REVIZEE), verificou-se que 80% dos recursos pesqueiros de interesse econômico estão ameaçados ou em processo de recuperação. Há controvérsias quanto à metodologia utilizada para o levantamento dos estoques pesqueiros para a determinação do status de conservação das espécies marinhas, mas é inegável a necessidade de ações imediatas de conscientização para que as espécies marinhas conhecidas hoje continuem entre nós no futuro.
Há legislações brasileiras para a gestão dos recursos pesqueiros. Dentre elas, encontramos determinações de períodos nos quais a pesca ou cata de uma espécie de pescado é proibida, período chamado de defeso (geralmente em sua época de reprodução ou período de maior crescimento da espécie). Há também aquelas que determinam o tamanho mínimo para a captura da espécie, para assim assegurar que o pescado capturado tenha no mínimo atingido seu tamanho e idade reprodutiva. Iniciativas desse escopo diminuem a probabilidade da exaustão do recurso e, consequentemente, a extinção da espécie. Porém, essas legislações não são para todas as espécies existentes e são, na maioria dos casos, específicas para uma espécie em uma determinada região. Espécies que possuem concordância entre pesquisadores, pescadores e o poder legislativo sobre sua ameaça de extinção, como o mero, possuem sua pesca e comercialização proibida nacionalmente.

Viva a Mata

A situação de ameaça de algumas espécies de peixes consumidos pela população foi discutida no Viva a Mata 2013, no dia 25 de maio, em mesa-redonda sobre consumo consciente de pescado. Durante o debate, foi apresentado um levantamento que a SOS Mata Atlântica realizou em feiras-livres, grandes supermercados e peixarias da cidade de São Paulo entre os meses de abril e maio. O objetivo era verificar quais espécies de pescado, entre peixes, moluscos e crustáceos, poderiam ser encontrados e se o período de defeso determinado por lei era respeitado. Participaram da conversa especialistas como o pesquisador Ronaldo Francini Filho, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a chef Morena Leite, do restaurante Capim Santo e Camila Keiko Takahashi, bióloga da Fundação, entre outros, com mediação da jornalista Paulina Chamorro, editora de meio ambiente das rádios Eldorado e Estadão.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Baleias ameaçadas de extinção viram comida para cães no Japão, denunciam ONGs

 

TÓQUIO, 28 Mai 2013 (AFP) - Carne de baleias ameaçadas de extinção, capturadas por caçadores da Islândia, está sendo vendida no Japão como guloseima de luxo para cães, denunciaram ativistas ambientais nesta terça-feira.

A Michinoku Farm, empresa com sede em Tóquio, oferece mordedores feitos com carne de baleias do Atlântico Norte em sua página da internet, esclarecendo que o produto tem "baixo nível calórico, pouca gordura e alto índice de proteína". O site também comercializa alimentos supostamente feitos de carne de cavalos da Mongólia e cangurus.

O grupo ambientalista japonês IKAN afirmou que esse tipo de comércio é a pior forma de consumismo. "A razão mais provável para que lojas vendam carne de baleia para mimar animais de estimação é alcançar japoneses emergentes que querem exibir riqueza com algo diferente", explicou Nanami Kurasawa, diretor executivo do grupo.

O presidente da Michinoku Farm, Takuma Konno, disse à AFP que a empresa vende produtos legalizados no Japão.

"Os cães são como membros da família para muitos japoneses. (Os ativistas) veem as baleias como animais importantes, mas consideramos os cachorros tão importantes quanto elas".

Apesar da declaração, Konno garantiu que o produto será retirado do mercado.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Brasileiros acham 2 novas espécies de aracnídeos em cavernas do Nordeste

Maio - Grupo brasileiro descobriu duas novas espécies de aracnídeos escavadores em cavernas úmidas de ecossistemas áridos da região Nordeste. "Rowlandius ubajara" (imagem A) e "Rowlandius potiguar" (machos nas fotos B e C; fêmea na imagem D) pertencem a uma ordem de aracnídeos que tem entre dois e cinco milímetros de comprimento que é parente de escorpiões, aranhas e carrapatos, descreve artigo na Plos One. "As novas espécies foram descritas a partir de características microscópicas de seus genitais, que os diferencia de outros animais do mesmo gênero", explicou biólogo Adalberto José dos Santos, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)

Divulgação/Plos One

 

Um grupo de pesquisadores brasileiros descobriu duas novas espécies de aracnídeos escavadores no Nordeste do país e explicou o feito em artigo publicado nesta semana no periódico científico Plos One.
A descoberta eleva a quatro o número de aracnídeos escavadores até agora descritos no Brasil e para 25 os conhecidos em toda a América do Sul, disse o biólogo Adalberto José dos Santos, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e um dos responsáveis pelo trabalho.
Os animais, que pertencem ao grupo chamado de Schivomida, parentes dos escorpiões, aranhas e carrapatos, foram encontrados em cavernas úmidas de ecossistemas áridos da região Nordeste.
A primeira espécie, encontrada no Parque Nacional Ubajara, no Ceará, recebeu o nome de Rowlandius ubajara. Os animais foram encontrados em regiões de cavernas em uma área remanescente de Mata Atlântica entre a Caatinga. Já a outra espécie, descoberta em uma região de Caatinga no Rio Grande do Norte, recebeu o nome de Rowlandius potiguar.
Segundo Santos, estes aracnídeos se alimentam de sementes depositadas nas cavernas e de outros pequenos insetos, atraídos pelas fezes dos morcegos que habitam as cavernas, e que capturam as presas com um par especial de patas.
"Embora sejam de cavernas, há evidências que uma das duas espécies pode ser encontrada fora de cavernas e poucos indícios que estejam exclusivamente adaptados à vida na escuridão", afirmou o biólogo.
Os Schivomida, com cerca de 240 espécies descritas em sua maioria em regiões tropicais do México e do Caribe, são uma ordem de aracnídeos que têm entre dois e cinco milímetros de comprimento e, justamente por conta de seu tamanho, são raros e pouco estudados pelos cientistas.
As duas novas espécies de aracnídeos têm o que os pesquisadores chamam de falso olho, também comum em outros animais do grupo Schivomida. Eles possuem uma membrana no lugar dos olhos e acredita-se que os animais se orientem, não pela visão, que provavelmente é ruim, mas por outros sensores.
"As novas espécies foram descritas a partir de características microscópicas de seus genitais, que os diferencia de outros animais do mesmo gênero", explicou Santos.
De acordo com o biólogo, a descrição acrescenta componentes até agora desconhecidos à já rica biodiversidade brasileira e mostra o país como habitat de espécies que são mais comuns no Caribe e em áreas tropicais da América Central e do Norte.
As novas espécies foram descritas em artigo assinado por Santos, que é especialista em aracnídeos; por Rodrigo Lopes Ferreira, pesquisador da Universidade Federal de Lavras e que colheu as espécies; e por Bruno Alves Buzatto, que é especialista em variações morfológica particulares entre artrópodes machos.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Apetite das minhocas é alternativa ecológica para o lixo orgânico

           

 

As minhocas podem ser uma solução para acabar com o lixo de casa. Elas têm a capacidade de devorar diariamente entre 50% e 100% de seu peso em resíduos orgânicos (cascas e pó de café), materiais carbonados (papelão e jornais) e até a poeira varrida com a vassoura. À medida que o volume do lixo é reduzido, os excrementos das minhocas aumentam na composteira, uma torre que tem buracos entre cada andar para permitir o deslocamento das minhocas. Acima, imagem do Eco-Worms, único modelo de composteira de minhocas vendido na França.
Quase nada escapa à sua presença: elas se movem sutilmente em meio às cascas de batata e revelam uma silhueta rosada entre restos de verduras. No entanto, na lixeira orgânica, centenas de minhocas digerem os rejeitos, reduzindo o seu volume, e produzem um fertilizante de qualidade para as plantas.
"É incrível o que comem, são hipervorazes!", diz Patricia Dreano, surpresa com o apetite de 400 minhocas da espécie Eisenia foetida que colonizaram uma composteira feita para elas, instalada no subsolo da sua casa, situada perto de Josselin (em Morbihan, no Oeste da França), debaixo da mesa onde prepara suas sopas.
Importada da Austrália e dos Estados Unidos, a composteira de minhocas permite "reciclar naturalmente até 30% do conteúdo da nossa lixeira" mais rápido e facilmente do que a composteira clássica colocada em um canto do jardim, conta Gwénola Picard, 42.
Ao lado do marido, criador de perus, eles fundaram a fazenda Pays de Josselin, um criadouro de milhões de minhocas que se nutrem de excrementos de cavalos, vacas, aves de criação e restos de comida recuperados dos restaurantes.
Usado por particulares, o princípio é simples: cada minhoca devora diariamente entre a metade e uma vez o seu peso em resíduos orgânicos (cascas e pó de café), materiais carbonados (papelão e jornais) e até a poeira varrida com a vassoura.
À medida que o volume dos dejetos se reduz, acumula-se o de excrementos de lombrigas no recipiente de minhocas, uma espécie de torre composta de bandeiras sobrepostas e buracos, para permitir o deslocamento das minhocas.

Chá de minhoca

Só falta recolher a composteira de minhocas, um fertilizante com a consistência da terra, destinado a nutrir o solo e revitalizar as plantas. "Depois de dois meses, de cada 10 quilos de dejetos, são recuperados cinco quilos", diz Gwénola Picard.
Sem odores, sem moscas e sem possibilidade de que as minhocas escapem. O único problema é recolher regularmente o "chá de minhoca", um adubo líquido procedente da água da matéria em decomposição, para evitar que as minhocas se afoguem.
"Abrir a composteira na minha casa já é uma prova", admite, sorridente, Patricia Ros-Chilias, diretora do centro de lazer de Josselin. O que não a impede de receber, encantada, uma composteira de minhocas cor-de-rosa nova em folha no refeitório das crianças. "É muito prática porque não precisa ir à rua" nos dias de chuva ou frio.
"Estão ali do lado, sabemos que temos que alimentar nossas minhocas", explica. "É um gesto automático: comemos e, em vez de jogarmos fora os restos, antes perguntamos se é possível reciclá-los", disse.
Embora o método seduza quase todos, "a demanda aumenta nas comunidades", constata Frédéric Raveaud, da empresa Collavet-Plastiques, e criador do Eco-Worms, único modelo de composteira de minhocas francês, muito colorido. "Há quatro anos, quando começamos, era um produto para engajados", mas agora vendemos entre "3.000 e 3.500".
No município de Saint-Jean-Brévelay, perto de Vannes, onde são vendidos a partir de 40 euros a peça, vinte particulares já estão em filas de espera.
"Os dejetos orgânicos que deveriam ir para as composteiras representam entre 15% e 20% do conteúdo das lixeiras", diz Maxime Lohézic, do serviço ambiental desta comunidade.
"O potencial [das minhocas] é enorme", pois estes animais são menores e mais discretos do que as tradicionais, que vão se tornar os "novos bichos de estimação", após o pedido das autoridades competentes para reciclar os dejetos de consumo privado.

Fonte: BOL

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Metrô de São Paulo terá arte urbana sobre animais ameaçados

Exposição no metrô
Data do evento: 03/05/2013 - 21/05/2013
 
A Fundação SOS Mata Atlântica realiza, de 3 a 21 de maio, a exposição A Mata Atlântica é o Bicho, no Espaço Cultural da Estação Brás do Metrô de São Paulo. Serão oito painéis grafitados pelo artista Gejo, com animais que só existem na Mata Atlântica ou estão ameaçados de extinção.

O objetivo é sensibilizar o público para a importância da conservação da Mata Atlântica e iniciar as comemorações para o Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio). No dia 23 de maio as peças seguirão para exposição na 9ª edição do Viva a Mata – Encontro Nacional pela Mata Atlântica.

O evento, que este ano terá o tema Direitos e Deveres Ambientais, acontecerá de 24 a 26 de maio, das 9h às 18h, na Marquise do Parque Ibirapuera e no auditório do MAM (Museu de Arte Moderna), em São Paulo/SP.

Confira um dos trabalhos do artista Gejo, responsável pelos painéis que irão compor a exposição:
Conheça os oito animais que serão apresentados:

Aranha-armadeira
Nome científico: Phoneutria bahiensis.
Espécie endêmica: só existe na Mata Atlântica
Mico-leão-dourado
Nome científico: Leontopithecus rosalia
Espécie corre perigo de extinção
Muriqui
Nome científico: Brachyteles hypoxanthus
Endêmico: só existe na Mata Atlântica
Espécie criticamente em perigo de extinção
Sapo-cururu
Nome científico: Chaunus ictericus
Endêmico: só existe na Mata Atlântica
Tucano-de-bico-verde
Nome científico: Ramphostos dicolorus
Endêmico: só existe na Mata Atlântica

Soldadinho-de-araripe
Nome científico: Antilophia bokermanni
Endêmico: só existe na Mata Atlântica
Espécie criticamente em perigo de extinção
Peixe anual
Nome científico: Austrolebias wolterstorffi
Bioma: Mata Atlântica e Pampa
Espécie criticamente em perigo de extinção
Tartaruga-de-pente
Nome científico: Eretmochelys imbricata
Bioma: Marinho
Espécie corre perigo de extinção

Descoberta toca de tatu gigante pré-histórico na Serra da Gandarela


25/04/2013
Com informações do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela – Pesquisadores do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela anunciaram a descoberta de uma paleotoca – toca de um tatu gigante extinto há 10 mil anos – na região. Os tatus gigantes chegavam a pesar 250 quilos e viveram na América do Sul por milhões de anos, até cerca de 10 mil anos atrás. Eles fazem parte da Megafauna, grupo ao qual pertencem outros animais gigantes como o mastodonte e a preguiça gigante. Existiram diversas espécies de tatus gigantes, como o Panochthu, o Pampatherium e o Propraopus grandis.

a pré história

  • Área aguarda criação de Parque para proteger seu patrimônio histórico e natural
A área onde a paleotoca foi descoberta passa por um movimento para criação de uma unidade de conservação para proteger seu patrimônio histórico e natural – o Parque Nacional da Serra do Gandarela. Quem quiser se manter informado sobre o assunto pode acompanhar o site do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela. Outra opção é assinar a newsletter do movimento (informando nome e email) no link http://mad.ly/signups/76532/join. O processo é simples e não exige senhas de acesso.