Baleia jubarte sai da lista de espécies em extinção
Do UOL, em São Paulo
- Luis Robayo/AFP
O aumento da população da baleia jubarte fez com que o animal saísse da lista de espécies ameaçadas de extinção. O anúncio foi feito pelo Ministério do Meio Ambiente, nesta quinta-feira (22), em Brasília, junto com um pacote de ações de proteção da fauna brasileira.
De acordo com a ministra da pasta, Izabella Teixeira, o aumento da população da baleias é resultado de ações governamentais, aliadas aos esforços da sociedade civil. Atualmente, foram contabilizados 15 mil exemplares, enquanto, na década de 1980, o total era de apenas 500 espécies vivas.
Segundo dados do ministério, 1.051 espécies de animais brasileiros estão ameaçadas de extinção, entre as 7.647 espécies avaliadas.
Para Teixeira, isso se deve à persistência e a uma visão de longo prazo que contou com medidas como a proibição da captura da espécie. A definição de rotas das embarcações para evitar colisões, a criação do santuário das baleias no Brasil e da Unidade de Conservação de Abrolhos também foram importantes para preservar a espécie.
O Instituto Baleia Jubarte e a Petrobrás receberam uma menção honrosa por conta dos serviços prestados à proteção da espécie e, segundo a ministra, são consideradas as primeiras entidades a inaugurar a premiação.
Uma força-tarefa entre vários órgãos pretende garantir a preservação de outras espécies da fauna brasileira. Equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Polícia Federal atuarão no combate a ilícitos ambientais com a caça de fauna ameaçada. Entre os animais contemplados pela medida, estão o peixe-boi da Amazônia, o boto cor-de-rosa, a arara azul de lear, a onça pintada e o tatu-bola.
Instruções normativas dos ministérios do Meio Ambiente e da Pesca e Aquicultura estabelecerão regras para a captura de diversos animais. A partir de janeiro de 2015, será iniciada a moratória da pesca e comercialização da piracatinga por cinco anos, com o objetivo de proteger o boto vermelho e os jacarés, usados como isca.