02/02/2014 - Interação com a pesca mata centenas de adultos todos os anos e as praias de desova estão sob forte pressão para implantação de empreendimentos industriais. Leia mais. ↓
Tartaruga de couro ou gigante
O litoral norte do Espírito Santo, próximo à foz do Rio Doce, é a única área com concentração regular de desovas da tartaruga de couro ou gigante (Dermochelys coriacea) no Brasil. Essa espécie, considerada criticamente em perigo de extinção, está exposta a sérios riscos, como ressalta Joca Thome, coordenador nacional do Projeto Tamar: pescarias costeiras e oceânicas matam centenas de adultos todos os anos, em diversas regiões do Atlântico Sul, por onde circulam, e as praias de desova estão sob forte pressão para implantação de empreendimentos industriais. Na atual temporada (2013/14), que ainda não acabou, os números já são positivos, cerca de 40 ninhos protegidos e aproximadamente 900 filhotes dessa espécie levados ao mar em segurança. Em relação a outras espécies de tartarugas marinhas, a população das gigantes é bem menor, e por essa razão, um indivíduo tem altíssimo valor biológico, explica Thome.Ocorrências - A equipe do Tamar da grande Vitória foi acionada por pessoas e instituições parceiras para dar assistência à ocorrências de 10 desovas de tartarugas gigantes, todas em praias urbanizadas e fora dos limites de monitoramento do Tamar. Entre as ocorrências, uma fêmea foi flagrada pelo Instituto de Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), na praia de Itaparica, Vila Velha, e outra foi encontrada desovando na Praia do Rio Preto, em Fundão, pela equipe do Projeto Monitoramento de Praias (PMP-BC/ES). Ocorrências de tartarugas de couro também foram registradas em 2013, em outros estados, como Ceará e Santa Catarina. Resgates, reabilitações e devoluções ao mar foram bem-sucedidos, contando com o apoio de diversos amigos das tartarugas e do mar.
Galera de Floripa devolvendo a tartaruga reabilitada para seu habitat.
Tartaruga-de-couro encontrada encalhada em Laguna/ SC, na praia do Sol - Professores da UDESC e o corpo de bombeiros entraram em contato com o Tamar Floripa e auxiliaram no resgate do animal, juntamente com técnicos do FLAMA (Fundação Lagunense de Meio Ambiente). A tartaruga foi levada até a base de Florianópolis para receber tratamento. Estava sem a nadadeira anterior esquerda,provavelmente, por interação com a pesca. Não havia outro sinal externo de fratura ou debilidade, mas o animal estava apático, respondendo com dificuldade aos estímulos. Após 14 dias de tratamento, dados coletados, a tartaruga foi marcada e devolvida ao mar na praia da Barra da Lagoa, Florianópolis, em alto mar, com a ajuda de pescadores da comunidade. O animal media 1,27m de comprimento de casco por 0,95m de largura e pesava 153 kg.
Lá vai ela... com limitações, sobreviverá livre no mar. Vai viver, lindona!
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