sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Cientistas descobrem nova espécie de boto no rio Araguaia

Matt McGrath
Repórter de meio ambiente da BBC News

  • Nicola Dutra/Divulgação
    O boto do Araguaia é parecido com o boto-cor-de-rosa, porém foram encontradas diferenças nos dentes e DNA O boto do Araguaia é parecido com o boto-cor-de-rosa, porém foram encontradas diferenças nos dentes e DNA














Cientistas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) descobriram uma nova espécie de boto, a
primeira descoberta desse gênero desde 1918. Eles suspeitam, no entanto, que a nova espécie encontrada já tenha vindo à tona sob risco de extinção.

No estudo publicado na revista especializada "Plos One", os pesquisadores da UFAM dizem que a espécie batizada como boto do Araguaia é uma das cinco integrantes do gênero que também inclui o boto cor-de-rosa, da Amazônia. Os pesquisadores estimam que haja apenas mil botos dessa espécie vivendo no rio Araguaia.

O boto do Araguaia teria se diferenciado dos outros familiares do gênero há mais de dois milhões de anos, segundo o pesquisador Tomas Hrbek.

"Foi tudo muito inesperado. É uma área onde as pessoas veem eles o tempo todo, já que são mamíferos grandes. Mas ninguém tinha notado (que era uma outra espécie)", disse.

As diferenças com o boto cor-de-rosa seriam o número de dentes. A nova espécie também seria menor. Mas, a maioria das diferenças foram encontradas nos genes do animal.

Ao analisar amostras de DNA de dezenas de botos dos dois rios, os pesquisadores concluíram que o do rio Araguaia era mesmo uma nova espécie.

Mas, mesmo depois destas análises, ainda pode haver questionamento.

"Em ciência você nunca pode ter certeza de nada", disse Hrbek.

"Analisamos o DNA mitocondrial, o que é, essencialmente, análise de linhagens, e não há compartilhamento de linhagens. Os grupos que vimos, os haplótipos, têm uma relação muito mais próxima entre eles do que entre outros grupos. Para isto acontecer, os grupos devem ter ficado isolados uns dos outros por um período longo", acrescentou.

"A divergência que observamos é maior do que as divergências observadas entre outras espécies de golfinhos", afirmou.

  • Nicole Dutra/Divulgação Nova espécie se diferenciou há cerca de dois milhões de anos















Fonte: BOL

Um comentário:

Stênio Augusto disse...

Tirando as Ariranhas...é a espécie de mamífero de água doce, que mais adoro...desse nosso Brasil ! Lindo demais os Botos !! Criaturas fantásticas !!