quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Conservação Internacional e SOS Mata Atlântica lançam campanha “Adote Abrolhos”

    




Com o objetivo de aumentar a proteção da região de Abrolhos, importante para a biodiversidade e a economia brasileiras, a Aliança para a Conservação Marinha – uma parceria entre as ONGs Conservação Internacional (CI) e Fundação SOS Mata Atlântica – lança a campanha “Adote Abrolhos – É do Brasil. É do mundo. É nosso”. Por meio de ferramentas online, como um álbum de figurinhas virtual, e um concurso cultural que selecionará quatro ganhadores para visitar a região, a campanha pretende engajar o público em ações que contribuam para a conservação de Abrolhos, para apoiar à implementação e criação de novas áreas marinhas protegidas e para o desenvolvimento sustentável da pesca e do turismo.
Mais informações em www.adoteabrolhos.org.br. A campanha também pode ser acompanhada pelas redes sociais Facebook.com/adoteabrolhos e Twitter.com/AdoteAbrolhos. Na próxima semana será lançado o álbum de figurinhas virtual e um passo-a-passo de como utilizá-lo.
A campanha foi criada para aumentar a proteção da região com a maior biodiversidade marinha de todo o Atlântico Sul. A área funciona como um berçário das baleias-jubarte, que entre julho e novembro procuram a região para reprodução e amamentação de filhotes. Abrolhos também apresenta as maiores formações recifais do Brasil. No entanto, sofre diversas ameaças, como a pesca excessiva, o desmatamento nas bacias hidrográficas, as mudanças climáticas, entre outras.


banner Adote Abrolhos











“Criamos a campanha pela necessidade de ampliar a proteção da região, melhorar a saúde do nosso oceano e tornar a pesca uma atividade sustentável. Os ambientes marinhos oferecem inúmeros serviços para a sociedade. Por isso, criamos o mote ‘É do Brasil. É do mundo. É nosso’. Precisamos protegê-los com urgência!”, afirma Guilherme Dutra, diretor do programa marinho da Conservação Internacional (CI-Brasil).
O público-alvo da campanha são jovens conectados com as mídias sociais, pessoas sensibilizadas pela causa ambiental, moradores de grandes centros urbanos e da zona costeira, turistas de verão e formadores de opinião. A campanha informará e sensibilizará a sociedade por meio de campanhas publicitárias e um concurso cultural que selecionará quatro ganhadores para visitar a região. Haverá ainda uma petição para pedir apoio dos internautas pelo efetivo funcionamento das Unidades de Conservação (UCs) na região e retomada do processo de ampliação da proteção de Abrolhos com a criação de novas reservas.
“Adote Abrolhos – É do Brasil. É do mundo. É nosso” conta com o apoio de diversas organizações, como a Foundation Veolia Environment e o The Pew Charitable Trusts, além de doadores individuais. Empresas que investem na conservação da região, como a Alpargatas/Havaianas, também ajudaram a tornar possível a realização da campanha. A agência de publicidade Africa foi a responsável pela concepção da campanha e a fez de forma pró Bono, como as atrizes Camila Pitanga e Maitê Proença, que também abraçaram a campanha. Preocupado com a qualidade do bem natural que é base do esporte que pratica, o velejador Torben Grael gravou um vídeo para a campanha.
Com isso, a campanha já começa com o apoio de um importante grupo, como diversas instituições parceiras: Instituto Baleia Jubarte (IBJ), Movimento Cultural Arte Manha, Ecomar, Patrulha Ecológica, Instituto Amigos Reserva da Biosfera, Gambá – Grupo Ambientalista da Bahia, Pangea e da operadora de turismo de Caravelas, Horizonte Aberto. Diversos fotógrafos participarão da campanha, publicando galerias de fotos da região. A primeira será do fotógrafo brasileiro Ita Kirsch.

Foto Abrolhos 1



A região dos Abrolhos

Situada na costa sul da Bahia e norte do Espírito Santo, estendendo-se da foz do rio Jequitinhonha à foz do rio Doce, a região dos Abrolhos tem cerca de 95.000 quilômetros quadrados. A área ainda inclui um mosaico de ambientes marinhos com diferentes tipos de habitats, como os manguezais, praias e restingas.
Entre as principais atividades realizadas por turistas na região estão mergulho para visualização da vida marinha e a observação de baleias. Essas atividades geram renda para mais de 80 mil pessoas que vivem do turismo na área. No entanto, a falta de investimento mina o crescimento do setor. Atualmente o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos recebe menos de quatro mil turistas por ano, gerando R$ 106,71 por dia/turista, em média.
Abrolhos é fundamental para a pesca brasileira e também a região mais abundante em peixes do Nordeste do Brasil. Esta atividade é a principal fonte de renda para cerca de 20 mil famílias de pescadores na região. A região abriga grandes populações de espécies de elevado valor comercial, como badejos, garoupas, vermelhos, lagostas, camarões e caranguejos.
No interior dessa região, a 72 km da costa da cidade de Caravelas, está localizado o Arquipélago de Abrolhos, um conjunto de cinco ilhas: Santa Bárbara (sob controle da Marinha do Brasil, onde está o farol), Siriba, Ilha Redonda, Sueste e Guarita (que pertencem ao Parque Nacional Marinho dos Abrolhos), sendo que é proibido o desembarque nas duas últimas.

Os benefícios das regiões costeiras e marinhas

•          Os municípios da zona costeira abrigam 26,9% da população brasileira (50,7 milhões de pessoas);
•             Os ecossistemas marinhos produzem oxigênio e absorvem carbono da atmosfera (calcula-se que os oceanos já absorveram 80% do calor adicionado na atmosfera pelo aquecimento global);
•             A biodiversidade marinha supre 20% da proteína animal consumida por 1,5 bilhão de pessoas no mundo todo e 15% de outros 4,5 bilhões;
•             Os oceanos são a principal via de transporte para o comércio global e abrigam grandes reservas de petróleo e minerais.

Sobre a Conservação Internacional

A Conservação Internacional (CI) é uma organização privada, sem fins lucrativos, fundada em 1987 com o objetivo de promover o bem-estar humano fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza – nossa biodiversidade global – amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de campo. Como uma organização não governamental (ONG) global, a CI atua em mais de 40 países, distribuídos por quatro continentes. Em 1988, iniciou seus primeiros projetos no Brasil e, em 1990, se estabeleceu como uma ONG nacional. Possui escritórios em Belo Horizonte-MG, Belém-PA, Brasília-DF e Rio de Janeiro-RJ, além de uma unidade avançada em Caravelas-BA. Para mais informações sobre os programas da CI no Brasil.
www.conservacao.org
Twitter: @CIBrasil
Facebook: www.facebook.com/ConservacaoInternacional.

Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica

Criada em 1986, a Fundação SOS Mata Atlântica é uma organização privada sem fins lucrativos, que tem como missão promover a conservação da diversidade biológica e cultural do bioma Mata Atlântica e ecossistemas sob sua influência. Assim, estimula ações para o desenvolvimento sustentável, promove a educação e o conhecimento sobre a Mata Atlântica, mobiliza, capacita e incentiva o exercício da cidadania socioambiental. A Fundação desenvolve projetos de conservação ambiental, produção de dados, mapeamento e monitoramento da cobertura florestal do bioma, campanhas, estratégias de ação na área de políticas públicas, programas de educação ambiental e restauração florestal, voluntariado, desenvolvimento sustentável, proteção e manejo de ecossistemas.
www.sosma.org.br
twitter.com/sosma
youtube.com/sosmata
facebook.com/SOSMataAtlantica
instagram.com/sosmataatlantica

Sobre a Aliança para a Conservação Marinha

A Aliança para a Conservação de Ecossistemas Marinhos e Costeiros Associados à Mata Atlântica é uma parceria entre as organizações ambientalistas Conservação Internacional (CI) e Fundação SOS Mata Atlântica em prol do estudo e proteção da costa brasileira. Dentre as atividades e esforços realizados pela parceria, estão: campanhas, estudos científicos e levantamento de dados e cursos de formação. Entre os principais resultados da Aliança, estão: a campanha em prol da criação da Reserva Extrativista (RESEX) Cassurubá, o apoio jurídico aos processos de criação e implementação das RESEX Cassurubá, Canavierias e Corumbau; dois cursos de formação em Monitoramento da Biodiversidade em Unidades de Conservação Marinhas Brasileiras e, em 2010, o lançamento de uma importante publicação sobre áreas-chave para a biodiversidade marinha brasileira, levantando as 59 espécies ameaçadas de extinção em várias regiões do Brasil, além de mapear as ecorregiões prioritárias para a conservação marinha e costeira.

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